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sábado

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O diário de Kaxi - Um curumim descobre o Brasil
Este livro conta como um indiozinho que vai à cidade pela primeira vez percebe as coisas da cidade! Para ele, é tudo tão diferente do mundo que conhece... Será que ele vai gostar?
Curte aí um pedacinho! O legal é que o autor é índio!


Na caixinha de morar (Daniel Mandaruku)

Quando chegamos à cidade, o sol já estava adormecido fazia tempo, mas não dava para ver as estrelas, por causa da luz que havia nas casas e nas ruas. Me deu saudade mais uma vez, mas a sonolência não permitiu ficar pensando nas coisas da aldeia.

Fomos levados para um lugar que achei bem estranho. Não era apenas uma casa, mas uma espécie de caixa igual a essas que a gente faz para colocar a mandioca depois de ralada.

Esse lugar, que todos chamam de prédio, é estranho porque as pessoas não usam as pernas para subir, mas são carregadas por uma outra caixinha, que sobe e desce o dia todo. Ela é tão pequenina que achei que fosse uma espécie de buraco onde a gente coloca os que morrem. Meu pai disse que isto que sobe e desce, carregando pessoas para as caixinhas onde elas moram, se chamam elevador.

Quando chegamos à nossa caixa, não encontrei redes de dormir, mas camas bem molinhas e boas de pular em cima. Tinha uma porção de lugares que a gente podia ir quando quisesse, mas com uma única diferença: não havia árvores para a gente brincar ou apanhar frutas. Tudo era esquisito. Lembro que comentei com o meu pai que devia ser bem difícil ser criança naquele lugar, pois não tinha lugar para fazer fogo; não tinha rio para nadar, nem para se banhar, apenas uma latinha que jogava água do céu como se fosse chuva e a gente ficava debaixo dela durante um bom tempo.

Comecei a ficar com vontade de voltar para casa.

Fiquei pensando como eles conseguem construir algo tão estranho, tão frio, tão morto. Pensei isso porque a nossa casa é feita com o corpo de nossas irmãs árvores e coberta com os cabelos das palmeiras, nossas parentas. Nossas casas são construídas uma em frente da outra só para gente poder olhar para nossos visinhos, conversar com eles e saber como cada um está. Aqui até parece que uns tem medo dos outros.

O DIÁRIO DE KAXI – Um curumim descobre o Brasil.São Paulo: Salesiana, 2001, p.16-17.





sexta-feira

PRÓ-LETRAMENTO

“O Pró-Letramento - Mobilização pela Qualidade da Educação - é um programa de formação continuada de professores das séries iniciais do ensino fundamental, para melhoria da qualidade de aprendizagem da leitura/escrita e matemática.


O programa é realizado pelo MEC, em parceria com universidades que integram a Rede Nacional de Formação Continuada e com adesão dos estados e municípios. Podem participar todos os professores que estão em exercício, nas séries iniciais do ensino fundamental das escolas públicas.

Os cursos de formação continuada oferecidos pelo programa têm duração de 120 horas com encontros presenciais e atividades individuais com duração de 8 meses.” http://portal.mec.gov.br

É este o programa nosso das quintas-feiras!!!! Material excelente, colegas maravilhosas e o bom humor da nossa tutora Kátia de Souza Castro, chefe do Departamento Técnico-Pedagógico da Secretaria de Educação de Tramandaí.

Nossos encontros acontecem na E.M.E.F. São Francisco de Assis, escola que nos recebe com carinho!

Claro, que teoricamente estudamos na graduação, também temos uma certa experiência, mas é preciso revisar conceitos, conhecer outras realidades, reafirmar nosso compromisso com a aprendizagem, já que nós professores estamos diretamente envolvido com o mais importante da educação, que é o aluno! Sem ele, nada temos!

Ótimos encontros, oferecido para séries iniciais.



terça-feira

Só um post!

Em tempos que a mídia está preocupada em como resolver os problemas da escola pública, e apresentam especialistas com seus estudos,  pesquisas e divagações, como se que cada um de nós professores( que estamos regularmente na sala de aula) não soubéssemos o que temos que fazer, ou o que precisamos para fazer acontecer, encontrei um vídeo interessante nas minhas andanças na net!

Um vídeo de um vereador pedindo para que se cumpra uma lei que nos favorece! Olhei várias vezes, pois estava difícil de acreditar! Nestes meus anos de professora, já ouvi que professor atesta demais, que se não estívéssemos satisfeito com nosso trabalho, que procurássemos um "bico", que ter goteira na sala de aula ( e olha que era goteirão), não impede o trabalho e assim vai!

Mas o vídeo é real, é na Casa do Povo da minha cidade!Que importa o partido agora, de momento? Importa é alguém se preocupando com a Educação, e com o professor que está ali, atuando.

Se quiserem ver, eis o link:

Para completar, convidamos(nós professores) sem formalidade, com a anuência da Direção da escola, o Vereador para comparecer na escola e nos contar sobre seu trabalho (depois do horário escolar). E ele foi! Simples assim. Conversou somente sobre assuntos de nosso interesse. Sem cobrança de sermos ou não seus eleitores. E claro que registramos este momento, porque nos sentimos representadas!

Vereador Luiz Paulo Cardoso e nós!!!